Hiperrealismo
Vestígios de uma história, acontecimentos insuspeitados, ficam aqui estilizados. Mumificados.
Contornos que substituem a realidade recriando uma outra realidade; realidade que fica estagnada no tempo tornando-se ela a memória presente do real transformado do passado.
Representação da representação do real como se fosse o próprio real. Real que deixou de o ser, dando lugar à sua expressão veiculada pelo humano, numa duplicação eternizada pelos contornos dum real já inexistente e pelo registo fotográfico dos contornos desse real.
O invisível que se torna visível, num processo de realidade reinventada, como um fenómeno de construção e reconstrução humana. O visível torna-se o real do presente; o humano constrói este presente; o presente torna-se na realidade.
Um hiperrealismo sem memória, sem imaginário, sem estória nem história.
Cada um constrói a estória da história, contaminado pelo real do autor que o reconstruiu.
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