
Unlessness, Lisboa 20 Arte Contemporanea, de 17.1. - 18.2.
"E o que é que vai na exposição? Eu chamo-lhe scannings, que prefiro, de longe, ao luso termo «digitalizações» – temíveis capturas de imagens que por acaso se encontram sobre uma superfície deste aparelhozinho que hoje faz parte das nossas mobílias informáticas. Comecei a fazer experiências neste medium com transparências e desenhos em Julho de 2005 para enviar uns e-mails aos amigos sob o pretexto das férias de verão. Desenvolvi algumas habilidades nesse domínio: fiz um herbário que acabou on-line; um ensaio desvairado e ilustrado que foi exposto na pequena galeria da livraria da Assírio & Alvim, e também umas imagens em grande formato que andaram a circular pelas feiras de arte. Agora, incitado pelo Miguel Nabinho, concentrei-me mais nos scannings, e aproveitei as melhorias tecnológicas no domínio (uma glamourosa profundidade de campo que nos oferece meandros fenomenológicos (ò palavrão das tralhas filosóficas!) com uma acuidade impressionante e a habital e fria ironia dos dispositivos informáticos – tão zen, tão metafísica-patafísica, tão despreendidamente wharholiana!).
No ínicio parecia-me que esta tecnologia me parecia condenada a ..." (ler mais)
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