Os Pescadas com Rosa Oliveira, no Beco da Carqueja nº 12 e na Rua de Sobre Ribas nº 14, em Coimbra, sábado, 28 de Novembro (e também a 29).
O livro Cinza, de Rosa Oliveira, com que a Tinta-da-China inaugurou a colecção de poesia dirigida por Pedro Mexia, é o tema escolhido pelo Grupo Pescada nº 5, para a exposição deste fim-de-semana, 28 e 29 de novembro.
Cinza é um conjunto de poemas em tom anti elegíaco, com um hipertexto referencial de alguma da literatura, cinema e música que atravessou as últimas décadas.
“Agora que morremos / a vida pode enfim recomeçar”, lê-se num poema. Esse foi o momento em que Rosa Oliveira se sentiu livre para poder falar dos seus mortos-vivos. Longamente, como nos poemas distendidos de Ruy Belo, ou de forma breve e sarcástica como Sena ou O’Neill. Mas sempre com a sua marca que, uma vez lida a torna imediatamente reconhecível: uma atenção especial às ínfimas coisas, torcendo-as, como faz com as palavras, descobrindo-lhes novos significados, ligações pouco habituais.
As 90 páginas do livro vão ser assim revisitadas em total liberdade, sábado, a partir das 15:00 e até às 24:55, em ambas as casas, e domingo apenas das 15:00 às 20:00.
Na casa de Sobre Ribas concentram-se cerca de duas dezenas de trabalhos, sobretudo fotografia, mas também instalação e decorre uma performance durante toda a tarde.
Na casa do Beco de Carqueja, a partir das 21:30, haverá um mestre de cerimónias que guiará os percursos por uma escrita alcoólica que tanto nos tem perdido.
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