Thoreau
exila-se em 1845 durante dois anos nos bosques à beira do lago Walden em busca
daquilo que considerava ser o mais básico e natural, da simplicidade da vida
por oposição ao capitalismo crescente e à velocidade vertiginosa da vida que
borbulhava nessa época. O seu livro, baseado nessa experiência, fala da procura
e daquilo que encontrou, mas que cabe a cada um de nós descobrir, tomando
depois cada um as suas posições individuais.
«Fui
para o bosque porque queria viver deliberadamente,
enfrentar
apenas os fatos essenciais da vida
e
ver se não poderia aprender o que ela tinha a ensinar,
em
vez de, vindo a morrer, descobrir que não tinha vivido.»
As
lendas são desde o início da humanidade, uma forma de entendermos ou explicarmos
melhor o mundo – com as particularidades de cada convicção. O Herói procura
algo incessantemente, numa demanda que nos contará uma história, uma moral, uma
aprendizagem.
Este
trabalho tem um herói anónimo que pode ser qualquer pessoa que queira tomar o
seu lugar, enchendo a sua cabeça – que está só preenchida uma parte – e colorir
da cor que se entender. Pode, então, ser qualquer um de nós, que, quando
disposto a iniciar um caminho, tenderá a
reencontrar ou encontrar convicções, desejos, sentimentos, confrontando-se com uma sociedade que julga a
consciência individual, em detrimento de uma consciência colectiva – que é
sobretudo religiosa, ideológica, ou individualista/egoista.
[Hei-de
Encontrar]
Carlos
Veríssimo, a 04 de Outubro de 2014
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