De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
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De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
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(Vinícius de Moraes)
5 comentários:
Muito bem para quem está lesionada!
Boa Petra deseja-te o Petrus M
Muito linda!
Petrus
"Wishing me luck"?!
Bem preciso...
Ana Maria B
:)
há quanto tempo não lembrava este lindíssimo poema...
brutal.
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