Fotos tiradas daqui
Avanca, 20040619
Londres, 20040712
black curtain, Albufeira
Lido nos comentários:
sontag disse...
Em Avanca e Londres, o equilíbrio deriva da luz que, ao tocar os objectos em múltiplos ângulos, se dispersa e define espaços. Em Albufeira, há apenas uma linha divisória entre dois espaços, ambos de sombra que,a meu ver, é insuficiente para gerar equilíbrio. Talvez a ideia seja mesmo essa, não sei, mas nesse caso não me faz muito sentido a sequência das três magens. Em suma: muito boas as duas primeiras, da última não gosto, definitivamente.
22 August 2007 02:12
kiasma disse...
Obrigado Sontag e Anonymous pelos vossos comentários; ajudam-me a perceber o que vai acontecendo por aqui.
Estes três posts, apesar de terem sido feitos de rajada, é verdade, são três posts individuais, apesar da relação que mantêm entre eles.
A primeira fotografia foi uma private joke em relação a um post num outro blog que me é próximo e que andava à volta da noção de vertical. A segunda, que já estava na calha há uns tempos, pareceu-me que se relacionava muito bem com a anterior (sobretudo a nível formal, obviamente, já que me põe outras questões em termos de conteúdo).
A terceira... bom a terceira, por acaso tem uma vertical mas não faz parte deste jogo.
Foi feita na véspera, numa ida relâmpago a Albufeira, e quando estava a fotografar percebi que me ia meter em trabalhos... Agradou-me muito aquela separação entre o "hemisfério" esquerdo e direito da imagem, o modo como o mesmo material é modelado e modulado diferentemente pela luz, como um se apresenta luminoso, com volume, e o outro plano, baço, absorvendo toda a luz e não reflectindo nenhuma. Mas na origem desta imagem esteve também, ainda que de forma simplista e grosseira, um duplo conceito de espaço em Deleuze e para o qual uma amiga me chamou a atenção num comentário umas fotografia mais abaixo, o conceito de espace lisse e espace strié, ao qual voltarei.
Mas no fundo tudo se resume às fotografias e elas aqui estão. Apesar da aparente negritude, não deixo de olhar para ela como a persistência da luz. Mas isso sou eu, o que conta pouco. Elas são mesmo é para vocês.
ff
23 August 2007 00:32
sontag disse...
Obrigada Kiasma, pelo comentário ao meu "comentário" e por este espaço para pensar.
Primeiro pensamento:
A fotografia, qualquer uma, traduz emoções e induz emoções. A imagem que o fotógrafo viu, registou e a forma como a enquadrou, quer afectiva quer conceptualmente, insere-se num território íntimo que o observador não tem que descodificar (e não deve (?)), para a captar e lhe dar sentido no lugar para onde a transporta. Deleuze anda por aqui, nesta multiplicidade de olhares.
A minha leitura de black curtain foi apenas sensorial : incomodou-me enquanto sequência ou desfecho (que pensava ser) das duas imagens anteriores, senti-a como espaço de tensão, um unhappy end de uma história. Não lhe tendo encontrado luz em nenhum dos hemisférios (e há sempre razões subjectivas na nossa realidade para vermos as coisas de determinada forma em determinado instante), também não lhe encontrei a dinâmica que creio estar implícita no conceito de espaço de Deleuze.
Segundo pensamento (a desenvolver):
O ponto de partida é olhar para black curtain como imagem individual.
Darei notícias, se for o caso.:)
23 August 2007 18:56
1 comentário:
... e continua!
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