Aparece, divulga, imprime, distribui, passa palavra

Aparece, divulga, imprime, distribui, passa palavra, traz uma garrafa de
vinho e boa disposição, traz (se quiseres) instrumentos e vontade de
dançar...

Dia 2 Junho realizou-se o primeiro botellon em Coimbra onde estiveram
presentes cerca de 150 pessoas. Neste botellon não faltou música. Houve pessoas a tocar gaita de foles, concertina, saxofone, caixa, bombo, drabuka, tambor, timbalão, flauta, harmónica, entre outros. Houve dança e fogo. Houve vontade de conhecer pessoas, de conversar, de trocar ideias, de rir e quiçá beijar. Conseguiu-se fugir à lógica do lucro. Não houve consumos obrigatórios nem bebidas a preços exorbitantes. Dançou-se, inventaram-se melodias, ao ar livre, deu-se asas à criatividade. Foi um encontro de jovens do secundário, trabalhadores de Coimbra, estudantes universitários, estudantes erasmus, turistas e frequentadores dos bares do parque verde. A diversidade, a tolerância, a curiosidade, a vontade de conhecer outrem pautou esta iniciativa.
Era bom que mais botellons se repetissem. Para que se reinvente um espaço público em Coimbra que seja aberto e que reúna os mais variados públicos desta cidade. Para que esta cidade deixe de ser uma cidade de passagem tantas vezes imersa na passividade e no amorfismo, e passe a ser uma cidade mais alegre, mais activa, mais intercultural.